Inter não faz lição de casa e agora decide vaga em Nova Iguaçu
A Internacional tinha tudo para vencer o jogo de ida contra o Nova Iguaçu, sábado no Limeirão, pelas oitavas de final do Campeonato Brasileiro da Série D. Mesmo com um jogador a mais desde os 25 minutos do 1º tempo, o Leão não conseguiu marcar seu gol.
A teimosia de Felipe Conceição deixou a Internacional em uma situação complicada agora na competição. O Leão terá que vencer no sábado, às 15h, no Estádio Jânio Moraes, no Rio de Janeiro ou empatar no tempo normal e tentar a sorte nas penalidades máximas, como foi diante do Avenida/RS, na segunda fase.
O treinador insiste em escalar o novato Léo Lopes como titular, deixando jogadores mais experientes e bem mais qualificados no banco de reservas, como por exemplo o senegalês Iba Ly, que veio do São Paulo e Ueslei Brito, campeão paranaense com o Paraná Clube. Até Erick Luís, Vinícius Amaral e Kauê seriam bem mais úteis.
Não há motivo nenhum para Léo Lopes, destaque da base, ser titular numa reta final da Série D. Os números estão aí para provar que em todos os jogos que foi titular, o novato não fez absolutamente nada em campo, a não ser correr. Não marcou gol, não deu assistência, não finalizou a gol uma vez sequer, não desarmou, não fez jogada de linha de fundo, enfim, correu sozinho atrás dos zagueiros. Essa é a função de um atacante?
Mas não adianta, quem manda é o treinador e o futuro da Inter infelizmente está em suas mãos. Mas a torcida leonina está bastante incomodada com essa situação. Chovem críticas ao treinador, mas isso não resolve. O próprio Danilo Maluf está pressionado por essa situação, mas não existe ingerência no clube. A teimosia excessiva de Felipe Conceição pode colocar tudo a perder. Se já não colocou.
Do segundo turno para cá, a queda de produção da Inter foi bastante visível, mas para o treinador está tudo bem. Para ele, Léo Lopes está se destacando e merece continuar na frente. Infelizmente, a Inter joga com dez sempre.
Contra o Nova Iguaçu a expectativa era para 10 mil torcedores, até pela importância do jogo. Mas a chuva e o frio fizeram o público ser menor ainda que o duelo diante do Avenida. Foram mil presentes a menos.
Felipe Conceição repetiu a escalação do jogo passado. A primeira chance foi da Inter. Logo aos 5 minutos, após falta cobrada por Albano, Diego Jussani acertou o pé da trave.
A resposta do time carioca veio aos 12 minutos com João Lucas, que após jogada envolvente de Vitor Rangel, também acertou a trave.
Aos 19 minutos, Albano deu um lindo toque para Rhuan, que foi derrubado por Albert. O árbitro Roger Goulart marcou a penalidade máxima. Mas nesta fase tem VAR e o mineiro Daniel Vitor Silva chamou o gaúcho para rever o lance, que foi fora da área. Goulart marcou a falta, mas expulsou o volante do time carioca. Na cobrança, Cesinha exigiu uma excelente defesa de Motta em seu canto esquerdo.
Mesmo com 10, o Nova Iguaçu criou duas boas chances na primeira etapa. Aos 40, João Lucas finalizou com perigo e aos 45, Vitor Rangel entrou na área, cortou Diego Jussani e serviu Xandinho. O chute forte do extremo foi defendido de forma espetacular por André Luiz.
A Inter não tinha atitude de mandante. Não tinha ataque. Torcia apenas por uma bola parada. Muito pouco para quem quer subir.
Quando se esperava por mudanças para a etapa complementar, Felipe Conceição voltou com a mesma formação, ou seja, com o apagado Léo Lopes no ataque. Inacreditável. Ou seja, os dois times jogavam com dez.
Aos 14, outro susto. O lateral Williams Bahia perdeu uma bola fácil na lateral para Andrey. O rápido ponta invadiu a área e cruzou para Vitor Rangel, que por pouco não abre o placar.
Aos 17, Cesinha recebeu de Rhuan, ficou de frente para o gol, mas arrematou por cima. As vaias começaram no Major Levy e Conceição decidiu, enfim, mudar a Inter tirando Williams Bahia e Léo Lopes para as entradas de Lucas Café e Erick Luís, respectivamente. Saiu do 3-5-2 para o 4-4-2, com Eduardo Porto voltando para a lateral-direita.
A Inter melhorou consideravelmente. Logo em seu primeiro toque na bola, Erick Luís recebeu cruzamento de Eduardo Porto e escorou para a defesa de Motta. Em um minuto o reserva fez mais que Léo Lopes que ficou 63 minuos em campo, claro, por teimosia do comandante.
Aos 29, boa chance criada pelo Leão. Lucas Café fez tudo certo e deixou Albano pronto para marcar. Mas o camisa 10 mandou por cima do gol.
A Inter jogou na área do Nova Iguaçu nos dez minutos finais. Diego Jussani e Alysson Dutra viraram meias. Aos 44, após escanteio cobrado por Lucas Café, Maranhão fez carga em Guilherme Matis e marcou de cabeça. O árbitro Roger Goulart anulou, assinalando a falta.
Final, 0 a 0. Foi o primeiro jogo desta temporada que a Inter não balançou a rede em casa. Agora é buscar a vaga contra o Nova Iguaçu, que não perde há 14 jogos (nove vitórias e cinco empates) e que em casa não foi derrotado este ano. Talvez Léo Lopes possa resolver esse problema.
Demais
Demais resultados dos jogos de ida das oitavas de final: Altos/PI 0 x 1 Treze/PB, Portuguesa/RJ 1 x 3 Maringá/PR, Manaus/AM 2 x 2 Iguatu/CE, Retrô/PE 2 x 0 Manauara/AM, Itabaiana/SE 2 x 2 Princesa do Solimões/BA, Brasil/RS 1 x 4 Brasiliense/DF e Cianorte/PR 1 x 2 Anápolis/GO.
Internacional 0 x 0 Nova Iguaçu
Local – Limeirão
Árbitro – Roger Goulart (RS)
VAR – Daniel Victor Costa Silva (MG)
Público – 3.196 pagantes
Renda – R$ 36.975,00
Internacional – André Luiz; Eduardo Porto, Diego Jussani e Alysson Dutra; Williams Bahia (Lucas Café), Marlon (Vinícius Amaral), Cesinha (Maranhão), Rhuan e Leocovick; Albano (Kauê) e Léo Lopes (Erick Luís). Técnico – Felipe Conceição.
Nova Iguaçu – Mota; Yan Silva, Gabriel Pinheiro, Sidney e João Victor; Igor Guilherme (Guilherme Matis), Albert e João Lucas (Ronald); Xandinho (Tinga), Victor Rangel (Gustavo Ápis) e Andrey (Marlon). Técnico – Carlos Vitor.
Ocorrências – cartão vermelho para Albert (NI) e amarelos para Lucas Café, Vinícius Amaral e Kauê (IN) e João Vitor (NI).