Desde 1991, um goleiro da Inter não ficava três jogos sem sofrer gol no Paulistão
Três jogos e nenhum gol sofrido. O início de Jefferson Paulino não podia ser melhor na Internacional.
Após as falhas de Rafael Pin na Vila Belmiro, na derrota para o Santos por 2 a 0, o ex-goleiro do Guarani assumiu a titularidade e viu o Leão vencer três partidas seguidas por 1 a 0, diante de Ituano, no Limeirão, Ponte Preta e Palmeiras, fora de casa.
Um goleiro da Inter não ficava três jogos sem sofrer gol no Paulistão desde 1991. O último que conseguiu essa marca foi o saudoso Gerson, que faleceu no ano passado.
Foi o goleiro que entrou para a história ao sofrer o gol mais bonito da carreira de Denner, naquele 1 a 0 da Portuguesa na Inter, em partida realizada no Canindé no mesmo ano.
Gerson ficou quatro partidas sem ser vazado. Naquele ano, a marca começou a ser registrada na vitória da Inter sobre o São Bento por 3 a 0, no dia 23/10, no Limeirão, gols de Guga (2) e Luciano.
Depois, a Inter bateu o Noroeste, em Bauru, no dia 27/10, gol de Guga. Outra vitória por 1 a 0 veio na rodada seguinte, contra o Rio Branco, no Limeirão, em 31/10, novamente com gol de Guga.
E Gerson ficou quatro jogos sem ser vazado, pois na sequência o Leão goleou o Sãocarlense, no Major Levy, por 4 a 0, gols de Guga (2), Tato e Toninho Pereira.
Jefferson Paulino está 270 minutos sem ser vazado. O tempo de Gerson é de 421 minutos, pois sofreu o gol de Osvaldo, da Ponte Preta, na derrota leonina por 2 a 1, em Campinas, em 20/10 e só voltou a sofrer um gol na derrota leonina para o Corinthians, no Limeirão, em 09/11, quando Dinei balançou a rede aos 21 minutos do 1º tempo.
E a chance de Paulino passar mais um jogo sem tomar gol é grande, pois na segunda-feira, às 20h, a Inter recebe o quase rebaixado São Caetano, que marcou apenas quatro gols até agora.
Silas é o recordista
O recordista é Silas. O arqueiro, campeão paulista de 1986, ficou 533 minutos sem tomar um gol no Paulistão.
Depois de sofrer o gol de Chiquinho, aos 26 minutos do 2º tempo, na derrota para a Portuguesa por 2 a 0, no Canindé, Silas não foi vazado na vitória sobre o Juventus por 2 a 0, no Limeirão, no 1 a 0 diante do Bragantino, em Bragança Paulista e nos três 0 a 0 contra São Bento, São Paulo e Palmeiras.
Silas voltaria a ser vazado no empate contra o Santo André, no ABC, por 1 a 1, gol de Edelvan, de pênalti, aos 12 minutos do 1º tempo.
Tem um porém nesta matéria. A maior invencibilidade da Inter aconteceu em 1987. Foram seis jogos sem tomar gol: 1 x 0 no Juventus (fora), 1 x 0 América (casa), 1 x 0 Mogi Mirim (casa), 0 x 0 Palmeiras (fora), 2 x 0 Santo André (casa) e 1 x 0 Bandeirante de Birigui (casa). Acontece, que Silas jogou três jogos e Ênio outros três.
Essa invencibilidade tem o tempo de 592 minutos, pois começou com o gol de Paulo Isidoro para o XV de Jaú aos 36 minutos do 2º tempo na derrota por 2 a 1 para a Inter, no Limeirão. E terminou após sete jogos, com um gol de Raí para o Botafogo aos 43 minutos do 1º tempo, na goleada por 4 a 0, em Ribeirão Preto.
Rafael Pin também tem sua marca
Vale destacar que o reserva Rafael Pin também ficou os três primeiros jogos com a camisa da Inter sem sofrer gol, mas na Série A-3 do Campeonato Paulista. Foram nas vitórias sobre Paulista por 2 a 0, no Limeirão, São Carlos por 1 a 0, fora de casa, e Rio Branco, no Major Levy, por 2 a 0.
O primeiro gol sofrido por Pin no Leão foi em Bauru, no empate contra o Noroeste por 2 a 2. Barcos marcou aos 46 minutos do 1º tempo. Ou seja, foram 316 minutos sem ser vazado.
Três vitórias
Outro detalhe importante. A última vez que a Inter venceu três jogos seguidos em um Paulistão foi na edição de 2002.
Sob o comando do técnico Vica, o Leão derrotou a Portuguesa Santista, no dia 17 de março, no Ulrico Mursa, gols de Calil e Lúcio. Depois, fez 4 a 1 no União São João, em 20/03, no Limeirão, gols de Calil, Ernani, Brenner e um contra.
Para fechar, outra goleada, desta vez por 4 a 0 no Botafogo, também no Major Levy, gols de Calil (2), Jorge Luís e Fábio Zeni.