Retrospectiva 2021: Inter teve 45,6% de aproveitamento

Retrospectiva 2021: Inter teve 45,6% de aproveitamento

A Internacional perdeu mais do que venceu em 2021. Mesmo assim, o ano pode ser considerado positivo, afinal de contas, o Leão chegou as quartas de final do Paulistão após 35 anos, disputou a Série D do Campeonato Brasileiro, chegando até a última rodada com chances de classificação para o mata-mata e ganhou o seu próprio CT.

A Inter disputou 27 jogos em 2021. Venceu onze, empatou quatro e perdeu doze vezes. Marcou 20 gols e sofreu 30, saldo negativo de 10 gols. Disputou 81 pontos e conquistou 37, um aproveitamento de 45,6%.

No Limeirão foram 13 jogos, com seis vitórias, um empate e seis derrotas. Marcou 9 gols e sofreu 16, saldo negativo de sete gols. Conquistou 19 dos 39 pontos possíveis, aproveitamento de 48,7%.

Como visitante foram 14 jogos, com cinco vitórias, três empates e seis derrotas. Marcou 11 gols e sofreu 14, saldo negativo de três. Teve 42,8% de aproveitamento, pois faturou 18 dos 42 pontos possíveis.

Dos 20 gols marcados pela Inter em 2021, foram 17 com os pés, dois de cabeça e somente um de pênalti. Foram 10 gols no 1º tempo e outros 10 na etapa complementar.

Os artilheiros foram: Gui Mendes (3), Roger (2), Bruno Xavier (2), Gabriel Rodrigues (2), Léo Reis (2), Lucas Batatinha (1), Rondinelly (1), Rafael Santos (1), Mardley (1), Thallisson (1), Daniel Vançan (1), Vittor Moura (1), Igor Gabriel (1) e Guilherme Pira (1).

Dos 30 gols sofridos pela Inter em 2021, foram 24 com os pés, quatro de cabeça e dois de pênalti. Sendo 10 no 1º tempo e 20 no 2º tempo.

O goleiro Rafael Pin foi o que mais atuou pela Inter em 2021, com 20 jogos, sendo 7 no Paulistão e 13 na Série D. O lateral colombiano Elácio Córdoba vem em segundo lugar com 19 jogos (5 no Paulistão e 14 na D), enquanto o zagueiro Renan Fonseca foi o terceiro com 18 jogos (7 na A-1 e 11 na D).

Dos treinadores, Thiago Carpini teve 46,1% de aproveitamento. Em 13 jogos, venceu seis e perdeu sete. Dyego Coelho deixou o Leão na metade da Série D com apenas 29,1% de aproveitamento. Em oito jogos, venceu apenas um, com quatro empates e três derrotas. Roger Silva teve o melhor aproveitamento com 66,6%, pois em seis jogos na Série D, venceu quatro e perdeu apenas dois.

Paulistão

A “Internacional de Campinas”. Esse foi o apelido que a equipe limeirense ganhou pelos reforços que foram trazidos pelo técnico Thiago Carpini. Mais de 50% dos jogadores tinham passagens por Ponte Preta ou Guarani. Independente disso, a confiança era grande, principalmente pelo camisa 9: Roger Silva.

A Inter estreou justamente no Brinco de Ouro da Princesa. A Ferroviária estava com sua arena em reformas e escolheu o campo do Bugre. Os comandados do técnico Pintado venceram por 1 a 0. Roger teve a chance de empatar, mas desperdiçou uma penalidade máxima.

A Inter recebeu o São Paulo, no Limeirão. A expulsão de Thiaguinho ainda no primeiro tempo foi determinante para a goleada de 4 a 0 (Gabriel Sara, Pablo, Luciano e Rojas). O torcedor começava a ficar apreensivo.

A primeira vitória veio no dia 7 de março, no Limeirão. Placar de 1 a 0 diante do Novorizontino, gol de Roger. A paz volta a reinar no Major Levy. Em Mirassol, pela 4ª rodada, a Inter segurou o time da casa até os 47 minutos do 2º tempo (Rafael Pin fez grandes defesas), quando sofreu o gol de Rafinha.

A Inter enfrentou outra pedreira na sequência: Red Bull Bragantino. Todos achavam que o time de Bragança Paulista jogaria com o time misto. Ledo engano. Com força máxima fez 2 a 0, com gols de Aderlan e Helinho.

O divisor de águas para a Inter no Paulistão foi no dia 18 de abril, na Vila Belmiro. O Leão perdeu para o Santos por 2 a 1, graças a uma falha terrível do goleiro Rafael Pin aos 41 minutos do 2º tempo: gol de Bruno Marques.

Carpini trocou o goleiro e escalou Jefferson Paulino. Para muitos, a Inter só não caiu para a Série A-2 em razão desta mudança. Ameaçada pelo rebaixamento, a reação foi imediata.

No feriado de 21 de abril contra o Ituano, no Limeirão, Carpini perdeu a sogra. Mas o treinador decidiu comandar a Inter. Os jogadores se uniram e a vitória veio: 1 a 0, gol de Rondinelly.

O melhor estava por vir. Dois jogos fora de casa e duas vitórias por 1 a 0, contra Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, gol de Roger e diante do Palmeiras, no Allianz Parque, golaço de Bruno Xavier.

Embalada, elogiada e cheia de confiança, a Inter fez mais uma vítima: o São Caetano. Golaço de Rafael Santos aos 49 minutos do 2º tempo e o quarto 1 a 0 da Veterana.

Com um elenco desgastado, Carpini poupou alguns titulares contra o São Bento e perdeu em Sorocaba por 2 a 1. Garantida nas quartas de final, o Leão bateu o Guarani por 1 a 0, gol do volante Mardley.

De volta a uma fase decisiva do Paulistão após 35 anos, a Inter enfrentou o Corinthians, na Arena Néo Química e foi goleada por 4 a 1, gols de Fágner, Jemerson (2) e Raul Gustavo. Thalisson marcou para o Leão.

Série D

Se não fosse por uma aposta equivocada na escolha do técnico, a Internacional poderia ter ido mais longe na Série D. Depois de 18 anos, o Leão voltava a participar de um Campeonato Brasileiro.

De centroavante a gerente, Roger Silva escolheu o substituto de Thiago Carpini, que optou por deixar o clube logo após o término Paulistão. Amigo pessoal de Dyego Coelho, o agora ex-camisa 9 deu uma chance para o ex-lateral-direito do Corinthians de comandar a Inter na competição. E olha que o treinador vinha de trabalhos ruins, como no Metropolitano, onde foi rebaixado.

Com um elenco bastante jovem em mãos e com reforços bem desconhecidos no mercado, Coelho teve trabalho para se adaptar e sofreu duras críticas dos torcedores. Logo na estreia, foi engolido pelo Madureira, em pleno Limeirão, por 3 a 0.

Coelho usou a semana inteira de trabalho para consertar os erros defensivos. E eram muitos. Até que conseguiu num primeiro momento, pois a Inter empatou dois jogos seguidos fora da casa por 0 a 0, contra Cianorte, no Paraná e São Bento, em Sorocaba.

De volta ao Limeirão, a Inter vencia a Portuguesa por 1 a 0, gol de Gabriel Rodrigues, quando sofreu o empate de Ermínio no segundo tempo. A Lusa mandou no jogo e poderia ter vencido. Foi um sufoco.

Contra o Santo André, novamente no Major Levy, era vencer ou vencer. E mais uma vez o Leão decepcionou, perdendo de virada por 2 a 1. Teve até gol contra do meia Pedro do Rio.

Abatida, a Inter foi para o Rio de Janeiro encarar o líder Boa Vista. Todos davam a derrota como certa. O sinal de que seria uma tarde diferente foi o pênalti defendido por Rafael Pin na cobrança de Marquinhos. Gabriel Rodrigues, o “girafão”, marcou o gol da vitória. E que golaço.

Foi a melhor semana da Inter na Série D. A confiança tinha voltado ao Major Levy. A meta era vencer o Bangu, em casa no chamado confronto direto e entrar no G-4. Porém, uma nova derrota abalou o elenco: 1 a 0. Mais críticas ao treinador.

Na virada do turno, a Inter foi a Moça Bonita. Daniel Vançan, em cobrança de pênalti, evitou a derrota no fim: 1 a 1, mas não a cabeça de Coelho, que foi demitido pela diretoria.

Sem dinheiro, a solução caseira foi a mais acertada do campeonato: Roger Silva foi à campo e virou treinador. E como o ex-centroavante pulou no golaço de Gui Mendes, o da vitória sobre o Boa Vista por 1 a 0, no Limeirão.

O torcedor voltou a sorrir e a esperança de dias melhores entrou em cena. O grande problema foi encontrar o veterano Nunes pela frente. Mesmo em Diadema, campo neutro, o Santo André bateu o Leão por 2 a 1, com dois gols do camisa 9. O alvinegro perdeu o goleiro Rafael Pin lesionado antes da partida e o novato Pedro Rocha foi para o gol. Não teve culpa nos tentos.

A Inter foi determinada para o Canindé enfrentar a líder Portuguesa. Roger Silva surpreendeu na escalação e apostou no menino Vittor Moura da base. A estrela do ex-camisa 9 foi tão grande que o Leão venceu por 1 a 0, justamente com um gol do promissor volante.

Roger passou a colocar os meninos da base no time titular. Fernandes, Vitinho, Vittor Moura, Bruno Santos e Igor Gabriel foram testados.

Mas jogar no Limeirão era uma verdadeira sina da Internacional. Novo jogo em casa e nova derrota: 2 a 0 para o São Bento. Foi a segunda pior apresentação leonina na competição, bem parecida com a estreia diante do Madureira. Roger admitiu a culpa.

A Inter tinha mais dois jogos pela frente e não podia nem pensar em perder pontos. Contra o Cianorte, no Limeirão, foi um jogo bem nervoso. O Leão abriu o placar com Léo Reis, mas sofreu o empate no primeiro minuto da etapa complementar. A vitória veio aos 16 minutos do 2º tempo, com o novato Igor Gabriel, mais uma aposta de Roger.

A Inter foi para a última rodada precisando vencer o Madureira, no Rio de Janeiro e ainda torcer para a Portuguesa vencer o Cianorte, no Paraná ou o Santo André bater o Bangu, em Diadema.

O Leão fez a sua parte: 2 a 1, com gols de Léo Reis e Gui Pira. Mas deu empate no Paraná e o Bangu surpreendeu o Ramalhão. Fim do sonho de disputar o mata-mata.

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