Presidente diz que grandes marcas devem patrocinar a Inter

Presidente diz que grandes marcas devem patrocinar a Inter

O novo presidente da Inter de Limeira, Danilo Maluf, disse que sua ficha já caiu. Falou em organização, união, força e até que já se enturmou com a torcida leonina, uma vez que participou do churrasco da Interror.

Disse que está tranquilo e que dará o seu máximo para o bem do clube. Afirmou que pessoas do bem estão ao seu lado e que mostraram que querem o seu bem. Destacou o apoio que vem recebendo do vice Ademir de Matos. Falou em sabedoria. Segundo ele, o apoio do Conselho Deliberativo tem sido importante. “A atmosfera mudou bastante”, afirmou em entrevista exclusiva ao Pimba nos Esportes da Melhor FM.

Sobre a vaidade que tanto prejudicou a Internacional nos últimos anos, Danilo Maluf disse que não sente mais isso. Citou como exemplo os três eventos que o clube foi representado na Federação Paulista de Futebol. Ele foi no mais importante, que era sobre o Paulistão. Ademir de Matos e Enrico Minatel foram na reunião da Copa São Paulo de Juniores e no terceiro, o Leão foi representado por Ana e Eleuses.

“Ninguém quer aparecer mais do que ninguém. Todos são tratados da mesma forma. Tenho ciência que estou de passagem. Mas deixo bem claro que desde o começo da confusão envolvendo o Lucas D’Andrea, quando teve aquela bendita rescisão com o CEO Thiago Gasparino, que eu coloquei como requisito para assumir o clube que as brigas terminassem. Eu exigi a união para pegar a presidência. E tenho visto que deu certo”, explicou.

Maluf citou um episódio que aconteceu nos últimos dias. “O Enori, que é o nosso analista e trabalhou junto com o Pintado no Juventude e na Chapecoense, pediu uma torre de quatro metros para ver melhor os treinamentos. Só comentei isso com o Anderson Roberto Zanini. Não é que ele fez uma rifa, junto ao Conselho Deliberativo, e conseguiu R$ 5 mil para fazer essa torre. Ela já foi entregue, com rodinha e tudo. Isso me deixa feliz. Mostra que todos estão querendo ajudar”, confidenciou.

Todos sabem que o ex-presidente Lucas D’Andrea gozava de um grande prestígio na Federação Paulista de Futebol. Sobre isso, Maluf disse que o seu tio é amigo do presidente Reinaldo Carneiro Bastos e que isso serviu de “quebra gelo”.

“Facilitou muito. As portas estão abertas para nós. A gente sabe que o Lucas fez um bom trabalho e as portas continuarão abertas para ele também. O que aconteceu aqui não influenciou em nada lá. Não vejo a FPF nos tratando diferente. E outra coisa, você acha que Pintado e Moraci Sant’anna viriam para a Inter se soubessem que o ambiente não era favorável? E quanto ao Lucas, ele segue sendo meu amigo. Estou como presidente e não passei a ser inimigo de ninguém, pelo contrário, quero ter mais amigos”, contou.

Maluf fez questão de elogiar o trabalho de Pintado. “Fiquei muito feliz com o acerto, principalmente quando ele falou que estava voltando para a sua casa (Limeirão). Fiz reuniões com ele e em uma delas, veio a proposta de um time de Série A, que tinha acabado de demitir o treinador. Ele manteve o nosso acordo e fechou com a Inter. Isso me da uma segurança imensa. É bonito ver o Pintado trabalhando. E outra coisa, importante também, ele não é de esquema”, elogiou.

Maluf vem blindando o técnico Pintado e o gerente Moraci Sant’anna. Elogiou demais a nova comissão técnica, que tem ainda o auxiliar Fabinho (ex-Corinthians e Santos), o preparador de goleiros Dudu, que estava na base e o preparador físico Jean, que trabalhou no CRB.

A intenção é contratar um jogador que “venda camisa”, ou seja, uma estrela. Mas o nome quem decidirá é Pintado. E também se há essa necessidade. O dirigente citou “pés no chão”.

Sobre a tabela, o novo presidente leonino achou justa. Gostou que o Corinthians vem a Limeira e projeta uma grande arrecadação. A última vez foi em 2005, na estreia de Carlitos Tevez. Timão venceu por 2 a 0, com gols de Jô e do próprio argentino.

Também gostou de estrear em casa contra o São Bernardo. Lembrou que neste ano a Inter venceu o time do ABC por 2 a 1, com uma renda de R$ 100 mil e se manteve na Série A-1.

A cota do Paulistão será superior a do ano passado, chegando perto dos R$ 6,5 milhões. Porém, como o Leão tem ainda tem os 30% descontados para ações trabalhistas, cerca de R$ 1,9 milhões ficarão retidos. Tem ainda os 30% das bilheterias. Maluf disse que se a Inter conseguir se manter novamente na divisão e disputar a Série A-1 de 2024, a dívida que hoje é de pouco mais de R$ 4 milhões será quitada.

Maluf ainda lembrou que a Inter tem R$ 230 mil bloqueados por uma dívida com o IPTU. Mas segundo ele, a Justiça deu ganho de causa ao clube na prescrição, de 11 páginas, em razão daquela área ao lado do Limeirão que foi leiloada. A Inter ainda tem mais de R$ 1 milhão para acertar com os antigos fornecedores, da gestão de D’Andrea. “É uma dívida pagável”, disse.

Sobre os patrocinadores, a Inter perdeu a BRZ. “Ela não tem mais produtos para vender em Limeira. Deu resultado e a empresa vendeu tudo o que precisava. Só por isso cortou nosso patrocínio. A Unimed vai continuar. É um parceiro do Leão há anos. “Vamos ativar os patrocinadores. Não vamos esquecer deles por um ano. Tem patrocinador que falou que não consegue associar a sua marca ao clube. Vou movimentar o marketing para evitar isso. Quero fazer de tudo para o patrocinador ter retorno”, prometeu.

Três grandes marcas devem patrocinar a Inter de Limeira no Paulistão. “Foi meu trabalho no último mês. Não posso falar os nomes ainda e nem quanto vem de dinheiro, mas nos trarão muita credibilidade. São empresas de fora. As agências estão intermediando tudo isso”.

Sobre o marketing, Danilo Maluf prometeu melhorar o setor. Elogiou os esforços de Eleuses, mas lembrou que ele correu praticamente sozinho este ano. “Ele cuidava da lojinha, do estacionamento, do sócio torcedor, dos patrocinadores, do açaí e do salgadinho. É muito para uma pessoa só, e que faz com amor. Pedi para ele focar esse ano no sócio torcedor e nos patrocinadores. Nossa ideia é manter os valores do sócio-torcedor”, contou.

Sobre os preços dos ingressos, Maluf disse que tem a intenção de diminuir os valores, passando para R$ 50 a arquibancada descoberta e R$ 100 as cadeiras cativas. “É o primeiro campeonato que não teremos testagem da Covid. As crianças sofreram muito esse ano. O teste custava quase R$ 150. Nesse ano o pai poderá levar os filhos. Os avôs terão os netos ao lado. O público tende a ser ainda maior”, disse motivado.

A Inter espera ter um fluxo de caixa maior para o Campeonato Brasileiro deste ano, com o objetivo de passar pela primeira vez para a segunda fase.
Sobre a Copa São Paulo de Juniores, Danilo disse que realmente a Internacional não tinha intenção de ser sede. Explicou que o gramado do Limeirão sempre passou por um tratamento específico antes do Paulistão e que sediar a copinha poderia prejudicar esse planejamento.

Sobre a base, Danilo Maluf disse que tomou decisões difíceis e doloridas (como a demissão de Márcio Bittencourt) e fez questão de elogiar o trabalho do técnico David Marques. Disse que tem autonomia e que o grupo está mais unido. Afirmou que quatro meninos que disputarão a Copa São Paulo de Juniores já integrarão o elenco do profissional no Paulistão, pois foram analisados pelo próprio Pintado.

Também contou que gostaria de unir os melhores professores da cidade para que a Internacional tivesse um base forte. Nesse caso, Osmar Cetin seria o responsável pelo comando. Valdomiro Donizeth Batista seria o diretor. Os times Sub-11 e Sub-13 ficariam com Daniel Giratto (Chute Inicial), Thié (Thié Sports) e Laudenir Lopes (Brasil Soccer).

Frisou também que o segredo da base é a Lei de Incentivo ao Esporte. “Na base se você não tiver projeto aprovado e não conseguir trazer essas renúncias fiscais para dentro da base é ficar enxugando gelo. Hoje formamos uma família no Sub-20. Alojei todos os meninos no segundo andar do Limeirão. Sendo assim, eles ficam mais fechados entre eles. Antes, ficavam por aí, na cidade, entre aspas, soltos. Hoje estão nas asas da mãe Inter”, completou.

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