Júnior “Scaloni” Rocha. É assim que foi batizado o novo técnico da Internacional para a Série D do Campeonato Brasileiro. O motivo é a semelhança incrível com Lionel Scaloni, campeão do mundo com a Argentina e eleito o melhor técnico do planeta pela FIFA. “Realmente sou parecido com ele”, sorriu.

Inteligente, focado, atencioso e profundo conhecedor de futebol. É assim que Júnior Rocha, de 41 anos, se mostrou na coletiva de imprensa que o apresentou oficialmente, ontem à tarde no Limeirão.

Júnior Rocha disse que não veio para Limeira apenas para o Brasileiro e que gostaria de fazer história na Internacional, assim como fez na Luverdense e no Ypiranga/RS, conquistando acessos e títulos. “Quero ficar pelo menos cinco anos aqui”, disse.

O novo comandante sabe que esse é o maior desafio de sua carreira. Vai pegar uma Inter com dificuldade financeira, sem uma espinha dorsal, sem grandes promessas da base, assustada pelo quase rebaixamento para a Série A-2 e com seu torcedor bastante desconfiado, até pelo último trabalho de Pintado no Major Levy. De 2020 para cá, foi o Paulistão que a Inter mais sofreu, tendo o pior ataque (4 gols) e uma das piores defesas (19 gols sofridos).

Rocha disse que está muito feliz com o acerto e que vai trabalhar muito para formar um time competitivo. Afirmou que jogador no mercado “tem de monte”, mas que o difícil é acertar na contratação.

O novo técnico não divulgou o esquema tático que gosta de jogar, mas disse que seu DNA sempre foi ofensivo. “Hoje em dia os clubes têm muita dificuldade em marcar gols. A parte defensiva evoluiu demais. Não é fácil quebrar linhas. De todos os times que treinei até hoje, sempre me destaquei pelo número de gols marcados. Apenas no Santa Cruz não tive recursos para investir no ataque. Sendo assim, passei a jogar nos contra-ataques. Mesmo assim, graças a Deus deu certo. Posso garantir que o torcedor da Inter terá prazer em acompanhar os jogos do time”, frisou.

Rocha tem experiência em Campeonatos Brasileiros, mas essa será sua primeira Série D. “Tenho cinco Séries B e mais três Séries C. Acredito que a D seja a mais difícil. São times que disputaram finais estaduais este ano e que ganharam dinheiro com a Copa do Brasil. Competir com essas equipes não é moleza. É por isso que temos que acertar na montagem do elenco. Mas tenho fé que dará certo. Sou motivo a novos desafios”, justificou.

Junto com Júnior Rocha foi apresentado Pedro Soriano, que não é parente nem do cantor Valdique e muito menos do técnico Rafael Soriano, que passou pela Internacional. O novo executivo de futebol da Internacional, que vem para o lugar de Moraci Sant’anna, passou por várias equipes, como Guarani e São Caetano.

Ao contrário de Rocha, Soriano tem experiência em Série D, pois montou o Paraná Clube em 2022. “Chegamos até a fase final e acabamos sendo eliminado pelo Pouso Alegre, que veio a subir junto com o América/RN. Espero fazer o mesmo trabalho aqui na Inter e não errar no fim”, frisou.

O que mais chamou a atenção na fala de Pedro Soriano, é que a Inter não estaria garantida na Copa Paulista deste ano, como confirmou o presidente Danilo Maluf em entrevista ao Pimba nos Esportes da Rádio Melhor FM. “Vamos ter uma reunião para definir essa participação. Não podemos utilizar um jogador na Copa Paulista e correr o risco de perdê-lo por contusão para a Série D. Temos que analisar muito bem esta situação”, confidenciou.