Inter cogita levar jogo da Copa do Brasil de 2025 para Brasília
O departamento jurídico da Internacional, de responsabilidade do Dr Rafael Rigo, terá mais uma vez um papel fundamental no futuro do clube.
O primeiro grande problema a ser resolvido em 2025 é a perda dos dois mandos de campo em razão da confusão registrada no dia 29 de junho deste ano, no Limeirão.
Naquela ocasião, os torcedores do São José quebraram o portão que separava as torcidas no Major Levy e partiu para cima dos leoninos, registrando cenas lamentáveis de violência. O jogo, válido pela 11ª rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, chegou a ser interrompido e depois terminou com a vitória do visitante por 2 a 1.
Segundo o relator Caio Porto Ferreira, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a Internacional foi julgada no artigo 213, que diz respeito a estratégia preventiva de jogo. Ou seja, o alvinegro não estaria preparado para um incidente entre as torcidas.
No momento da punição aos dois clubes, incluindo multas (R$ 10 mil ao Leão e R$ 5 mil a Águia do Vale), foi citado que a briga teve início porque o ônibus que trazia os joseenses foi atacado com pedradas fora do estádio, o que teria inflamado os visitantes nas arquibancadas.
A Inter terá que trabalhar muito nos bastidores para não perder dinheiro. Acontece que a Copa do Brasil vem primeiro que a Série D. A Inter teme que tenha que cumprir a punição nesta rentável competição, o que traria um enorme prejuízo financeiro, pois a expectativa de público seria alta.
Segundo o presidente Danilo Maluf, dificilmente o Leão escapará dessa punição, mas algumas soluções poderiam ser menos doloridas para os cofres do clube.
No entendimento do mandatário, a Inter deveria cumprir os dois jogos na Série D de 2025, ou seja, na mesma competição da qual foi punida.
A Inter tentará provar a CBF que não teve culpa no episódio e que foi vítima. Sendo assim, disputaria os dois primeiros jogos como mandante na Série D no Limeirão, porém com portões fechados.
Danilo entende que se for obrigado a jogar a 150 km de distância de Limeira, mesmo com a bilheteria liberada, teria um prejuízo financeiro com logística e com o pessoal para trabalhar.
Agora, se a Inter tiver que cumprir a punição na Copa do Brasil, Danilo Maluf afirmou que esse seria o pior cenário.
Mesmo sem ter a vaga confirmada ainda, a Inter tem quase 100% de chances de disputar a competição. Para isso, basta que Palmeiras ou São Paulo termine no G-6 do Brasileirão ou que Santos ou Novorizontino fature o título da Série B. Os dois times estão na frente na classificação.
Seria a segunda participação da Inter na Copa do Brasil. Em 2018, o Leão venceu o Rio Branco do Acre na primeira fase por 1 a 0, no Limeirão, gol de Tom Barba Assassina e depois foi eliminado pela Ponte Preta por 1 a 0, no Moisés Lucarelli.
Danilo Maluf disse também que se por ventura a Inter tenha que cumprir a punição na Copa do Brasil e que o sorteio coloque um time grande como adversário na primeira fase, a possibilidade de levar o confronto para o Mané Garrincha, em Brasília seria grande, a exemplo do que aconteceu no Paulistão diante do São Paulo. Nesse caso a Inter ganharia da CBF pela participação e pela venda do jogo a empresários.
Mas o problema é que a maioria dos grandes entra apenas na terceira fase da Copa do Brasil, em razão da participação na Taça Libertadores da América. Hoje por exemplo, Botafogo/RJ, Palmeiras, Fortaleza, Flamengo, São Paulo e Internacional/RS estariam na Libertadores e não seriam adversários em potencial da Veterana.
Sobrariam os grandes Cruzeiro, Vasco da Gama, Atlético/MG, Grêmio e Fluminense. A Inter teria que ter muita sorte para cair com um deles no sorteio.
Agora, se no sorteio a Inter cair com um time intermediário ou até inferior e tiver que cumprir a punição da CBF, a diretoria teria que escolher um estádio para mandar o jogo. As opções mais próximas, com bons estádios, seriam Ribeirão Preto (182 km), São Bernardo do Campo (168 km), Diadema (166 km) e Santos (225 km).
Opções como Campinas (56 km), Bragança Paulista (122 km), Araraquara (141 km) e São Paulo (145 km) estariam descartadas por conta da exigência de 150 km.