Ex-goleiro Serginho Boneca explica apelido em entrevista

Ex-goleiro Serginho Boneca explica apelido em entrevista

Pensa em uma entrevista descontraída. Assim foi o bate-papo com o ex-goleiro Serginho, de 62 anos, no Pimba nos Esportes da Rádio Mix 770 AM.

Depois de aposentar as luvas, Serginho virou treinador, mas decidiu parar quando comandava a Portuguesa Santista.

Abriu um estacionamento, mas fechou o negócio três anos depois. Hoje é personal trainer e ministra aulas de futebol no Esporte Clube Pinheiros.
Ele culpa o apresentador Milton Neves pelo apelido carinhoso de boneca que ganhou e que até hoje carrega.

“Na época que eu jogava na Inter de Limeira, eu tinha uma loja de brinquedos e nosso forte eram as bonecas e os bichinhos de pelúcia. O Milton Neves tinha um programa na TV Record e eu presenteava os convidados com bonecas. Era o que precisava para ele passar a me chamar de Serginho Boneca. E vou confessar uma coisa, isso me ajudou demais. O problema é que todos falam que o goleiro ou é louco ou é viado”, sorriu.

Bem casado, pai de dois filhos e com três netos, Serginho torce para essa pandemia do novo coronavírus passar logo para voltar a trabalhar, uma vez que as academias estão fechadas.

Sobre sua passagem pela Inter de Limeira, de 1981 a 1984, Serginho só tem elogios, a começar pelo goleiro Marcos Passarinho, seu concorrente de posição.

“Travamos um duelo sadio. Foi um grande companheiro que tive na Inter. Aliás, nosso time era tão bom que tínhamos dois jogadores competentes para cada posição”, destacou.

O goleiro, que jogou de 1971 a 1977 no São Paulo e em seguida no Rio Verde e no Vila Nova, de Goiás, foi envolvido pelo Tricolor em uma troca com o volante Élvio. “Eu e o lateral Antenor viemos em definitivo para a Inter, enquanto Jaiminho e Salomão vieram por empréstimo”, lembrou.

Serginho também elogiou a dupla de zaga formada por Beto Lima e Bolívar. “Não tinha para ninguém. Era a melhor zaga do Estado de São Paulo e olha lá se não era a melhor do Brasil”, ressaltou.

Serginho brilhou também no gol da Portuguesa de Desportos.

Casos

Na entrevista, Serginho lembrou de alguns casos que marcaram sua carreira.

A primeira delas envolveu Nunes. Em uma entrevista, o repórter perguntou quem era melhor, Luiz Pereira ou Nunes. Serginho respondeu que não conhecia Nunes, sendo que o centroavante tinha acabado de ser campeão do mundo com o Flamengo.

“Talvez eu errei em ter comentado isso. Me expressei mal. Antes do jogo eu fui pedir desculpas ao Nunes e ele não aceitou. Azar o dele, pois fechei o gol, o jogo terminou 0 a 0 e eu fui eleito o goleiro do Fantástico. Acho que a raiva dele aumentou. Anos depois eu consegui, enfim, me acertar com ele”, sorriu.

Outra confusão foi com o lendário Tião Marino.

“Naquela época o goleiro podia fazer cera. Confesso, exagerei aquele dia em São José dos Campos. O Tião veio e me chutou a canela e depois me deu um tapa nas costas. Ele não foi expulso porque o árbitro também estava irritado comigo. Como eu morava em Limeira justamente na casa em que foi de Tião Marino, disse a ele que era uma galinha morta e que seus ex-vizinhos falavam mal dele. Terminou o jogo ele saiu correndo atrás de mim. Por sorte, Beto Lima e Bolívar o seguraram. Já nos vestiários, entrei para tomar banho e dei de cara com ele. Tive que sair correndo novamente e fui direto para o ônibus. Não foi fácil fugir dele aquele dia”, confidenciou.

Triste

Serginho tem apenas uma tristeza em relação ao seu amor pela Internacional. Em 2009, ele era o técnico do Pão de Açúcar, quando o Leão foi rebaixado para a última divisão do Campeonato Paulista.

A Inter perdeu no Estádio Hermínio Ometto, em Araras, por 1 a 0, gol de Sérgio Lobbo e caiu. “Confesso, fiquei arrasado aquele dia. Jamais queria derrubar um dos times que mais gosto e ainda por cima para a Segunda Divisão. Mas sou profissional e precisava fazer o melhor trabalho para o clube que estava me pagando. Foi um dos dias mais difíceis da minha vida”, confidenciou.

Com o Pão de Açúcar, Serginho revelou o volante Paulinho, ex-Corinthians e destaque da seleção brasileira e foi campeão da Segunda Divisão.
SERGIO ROBERTO DA SILVA – 29/06/1957 – SÃO PAULO/SP

Assista a entrevista com Serginho na Rádio Mix:

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