Júnior Rocha completa um ano de Internacional

Hoje é um dia especial para Júnior Rocha. O técnico completa um ano de sua contratação por parte da Internacional. Para quem não se lembra, em sua coletiva de apresentação, o treinador disse que sua meta era ficar cinco anos à frente do Leão e que acertou com o clube para ficar perto da família, que mora em Iracemápolis. Todos deram risada na ocasião. Mal sabiam que o seu trabalho realmente seria positivo.

Desconhecido até então, mas com bons trabalhos no Ypiranga/RS, Luverdense e Figueirense, Júnior Rocha agradou o presidente Danilo Maluf logo de cara.

Em entrevista a Gazeta de Limeira no domingo, o mandatário lembrou que Rocha foi o único técnico que portava um laptop na chamada “reunião de emprego” e que mostrou uma lista de jogadores que poderiam defender a Internacional na Série D.

Seriedade, comprometimento, convicção e uma enorme vontade de trabalhar. Esses predicados fazem de Júnior Rocha um treinador de sucesso em um clube que encantou à todos no Paulistão. Poderia chegar mais longe no Estadual, mas o Brasil inteiro falou da Internacional.

Neste um ano de trabalho, Júnior Rocha passou por verdadeiras aprovações. Foi muito criticado pelos torcedores e questionado pela imprensa. Foi chamado de arrogando e prepotente. Mas não respondeu e continuou trabalhando.

Quase foi demitido após a vexatória goleada sofrida para o XV de Piracicaba por 6 a 3, em pleno Limeirão. Mas o destino quis que Danilo Maluf respirasse muito antes de agir com impulsão. Refletiu e assumiu a bronca de deixá-lo no cargo.

O trabalho do treinador continuou no Major Levy e pela primeira vez a Inter disputou um mata-mata de Série D. Na opinião de todos, se o Leão tivesse passado pelo Caxias, fatalmente subiria, até pelo bom momento que estava na competição.

No Paulistão, sem um CEO e sem um gerente de futebol, Júnior Rocha teve carta branca para trazer reforços. A Inter foi o único time do Paulistão que não tinha medalhões. O mais conhecido no meio do futebol chegou depois, que foi o zagueiro Emerson Santos, campeão da Taça Libertadores da América com o Palmeiras.

Após as duas derrotas iniciais, para Portuguesa e Palmeiras, ambas por 3 a 2, novamente o treinador enfrentou uma enxurrada de críticas. Mas a exemplo da Série D, continuou trabalhando de forma silenciosa. E mais uma vez os resultados começaram a surgir.

A Inter derrotou São Bernardo, Novorizontino, Botafogo, Guarani e Ituano, todos times que disputam divisões acima do Brasileiro. Na sétima rodada se livrou do rebaixamento e na nona garantiu uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro.

Após vencer o Ituano por 2 a 0, no Major Levy, garantiu vaga nas quartas de final do Paulistão, deixando para trás Corinthians e Mirassol. A cidade parou para falar da Internacional.

Agora na Série D, a meta é subir. Como de costume, Júnior Rocha passa horas e horas no Limeirão, junto com Matão, seu analista de desempenho. O objetivo é conseguir peças de reposição, uma vez que o Leão não terá 16 jogadores do último Paulistão.

Foram embora os laterais JP Galvão (Botafogo/RJ), Felipe Albuquerque (Vila Nova/GO) e Zé Mário (Ponte Preta); os volantes Gustavo Bochecha (Botafogo/SP), Lucas Buchecha (Ponte Preta), Emerson Santos (Criciúma) e Lima (Guarani) e os atacantes Everton Brito (Ponte Preta) e Quirino (Londrina).

Além deles, o goleiro Max Walef, o zagueiro Matheus Mancini, o volante Fernando Canesin e os atacantes Juninho, Ueslei Brito, Gabrielzinho e João Felipe não terão os contratos renovados, que vencem agora em abril.

Júnior Rocha tem 29 jogos à frente da Internacional. São 11 vitórias, 7 empates e 11 derrotas. Seu ataque marcou 33 gols e sua defesa sofreu 35. Dos 87 pontos que disputou, conquistou 40, um aproveitamento de 45,9%.

No Limeirão, Júnior Rocha comandou a Internacional em 13 jogos. Venceu oito, empatou um e perdeu quatro. Marcou 20 gols e sofreu 14. Ganhou 25 dos 39 pontos possíveis, o que dá um aproveitamento de 64,1%.

Já fora de casa foram apenas três vitórias em 15 jogos. Foram outros seis empates e seis derrotas. O ataque marcou 13 gols e a defesa sofreu 18. Dos 45 pontos em disputa como visitante, faturou 15, o que dá 33,3% de aproveitamento.

Ainda teve o jogo no Mané Garrincha, em Brasília, que conta como campo neutro. A Inter não se houve bem e perdeu para o São Paulo por 3 a 0.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Cópia proibida